10.DIÁRIO DA MINHA 1ª VIAGEM MISSIONÁRIA INTERNACIONAL



Queridas e queridos seguidores e leitores do Filhas de Sara!


Como vocês ficaram sabendo fiz uma viagem missionária à Guiné-Bissau, na África e à Portugal, na Europa, juntamente com a pra. Cláudia Helena.
Viajei dia 13 de Agosto e voltei dia 04 de Setembro.
Foram dias de tremendas experiências com mulheres, homens, pessoas de todas as idades.
Fomos, especialmente para o Primeiro Congresso Internacional de Filhas de Sara em Bissau, capital de Guiné-Bissau, Em Portugal, fomos divulgar esta visão de filhas de Sara. Tivemos, então, em Portugal a Primeira reunião de Filhas de Sara em solo europeu.
Algumas fotos foram postadas aqui no blog, vejam depois, se ainda não viram.
Vimos ali, vidas restauradas, libertas, curadas pelo poder do evangelho de Jesus Cristo.
Assim, a partir de hoje estarei aqui registrando algumas coisas que aconteceram durante esta viagem, especialmente comigo.
Foram 23 dias impactantes, vou compartilhar estas experiências, pois creio que edificará a fé de cada um que entrar aqui para lê-las. Quero dar estes testemunhos para, sobre tudo, dar toda honra e glória ao Eterno Deus.
Ah, os acontecimentos não estão na ordem cronológica, ok? 
Graça e paz de Jesus Cristo, o Senhor da igreja!


Denise Malafaia Cerqueira







Viagem Missionária à Guiné-Bissau e Portugal




Olá queridas e queridos seguidores e leitores do Filhas de Sara!


Graça e paz da parte de Deus, tenho estado ausente do blog porque estou em viagem missionária, como falei na postagem anterior, lembram?
Estive por 11 dias em Bissau, Guiné-Bissau. Fomos ali para a realização do 1º Congresso Internacional de Filhas de Sara. Foram 6 dias de benção, quando Deus realizou aquilo que só ele pode fazer, o sobrenatural.
Depois vou escrever um diário da viagem.
No dia 25 chegamos em Lisboa, Portugal, onde realizamos a 1ª reunião de Filhas de Sara em solo europeu, para a glória de Deus Pai. Estamos realizando uma série de ministrações às mulheres e à liderança da CPEAD, na sede e em outras igrejas deste ministério das Assembléias de Deus em Portugal.
Hoje só colocarei algumas fotos para que vocês saibam que este testemunho e verdadeiro e para que orem por mim e pela pastora Cláudia Helena, à quem Deus tem dado neste tempo esta missão de pregar sobre a restauração do altar na vida da mulher, voltando ao início de tudo: "Como fazia Sara, que em tudo obedecia o seu marido, chamando-o de Senhor, da qual vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma."(1ª Pedro 3:6)
No dia 03 de Setembro estaremos regressando ao Brasil.
Deus os abençoe e os guarde puros de toda a contaminação deste mundo.
Em Cristo, somos um!

Denise Malafaia Cerqueira



       Em Bissau, Guiné-Bissau. 1º Congresso Internacional de
Filhas de Sara 





















1ª Reunião de Filhas de Sara em solo Europeu/ Casa da Teresa Morais, Loures, grande Lisboa,12 mulheres presentes
























1ª Reunião Na Igreja Catedral da Esperança, Ministério da Assembléia de Deus(CPEAD) em Lisboa, Portugal




















A mala que se perdeu e foi achada...milagre!


Antes de sair de casa eu pedi ao Senhor que enviasse um anjo para guardar as bagagens, tanto as minhas como as da Cláudia; desde a nossa saída e durante o trajeto que faríamos, até enfim regressarmos de volta para casa.
Tínhamos que fazer a conexão em Lisboa. Por isso, ficamos ali por dez horas para esperar a conexão. Como disse na outra postagem deste diário, chegamos as 6:30 da manhã e ficamos na casa dos meus sobrinhos até as 22:00 horas.
Então as 22:00 horas, seguimos rumo à Bissau. Quem tem costume de viajar para países como Guiné-Bissau, diz que há muito extravio de bagagens, mas isso, em outra empresa aérea que é muito precária e faz a sua rota por países dominados pelo islamismo. Este não era o nosso caso, pois fomos por um empresa conceituada.
Para quem não sabe, Guiné-Bissau, é um país que tem vivido, muita instabilidade política. Há uma espécie de medo no ar, na alfândega, existe, até uma certa  pressão, e quem desembarca ali fica um tanto apreensivo. Muitas dificuldades financeiras passa esta nação, está entre um dos 10 países mais pobres do mundo. Eu já havia sido orientada a tomar todo cuidado com as malas, pois o roubo é muito comum do lado de fora do aeroporto, e até dentro não se pode confiar...
Chegamos por volta  das 2:00 da manhã. Minhas bagagens chegaram logo na esteira, mas as da Cláudia, foram as últimas a aparecerem. Ela ficou um pouco apreensiva, mas estávamos confiantes que estava tudo no controle de Deus.
Não tivemos nenhum problema com a  alfândega, o que não é comum. 
Havia um menino que nos rodeava pedindo para carregar as malas até o carro que nos levaria ao local onde ficaríamos. 
Eu me recordo que, enquanto a Cláudia Helena olhava para ver se o pastor e sua esposa Eugenia, a líder de Filhas de Sara na Guiné-Bissau, estava lá, eu ia colocando as malas no carrinho. O rapaz que empurrava o carrinho, carregando as malas, estava com pressa. Ele queria ver se dava tempo de ganhar mais um troco com outro passageiro, nessa pressa o carrinho tombou e as malas caíram. Eu corri para ajudá-lo a recolocá-las no lugar, depois do que aconteceu, pensei que tivesse sido um armadilha para nos roubar as malas.
Do lado de fora do aeroporto era uma concorrência para pegar nossas malas e para nos levar em seus táxis...em fim, era uma coisa muito estranha, aquele monte de gente do lado de fora em cima de nós como "urubu em cima da carniça". Foi como me senti.
Logo apareceu um rapaz, o Enick, sobrinho da Eugenia, e um outro, que fora enviado pelo casal de pastores para ficar conosco até que eles chegassem. 
Então pagamos o menino do carrinho e ficamos ali esperando-os. 
Eles chegaram e fomos embora, com a nossa bagagem a salvo...eu pensei!
Era madrugada e não há luz elétrica no país. A energia elétrica que há, é  a base de gerador a diesel, só é fornecida por três horas na cidade, que é a capital de Guiné-Bissau. No Centro Missionário onde ficamos, há uns dez meses, foram colocadas seis placas solares, então lá é abastecida com essa energia, que benção!
 Entramos no quarto que havia sido preparado para nós duas e qual não foi a surpresa, quando dei falta de uma das minhas malas. Pensei: Pode ser que não tenham tirado do carro, estava muito escuro e eles nem perceberam que não tiraram toda a bagagem. Fiquei um pouco apreensiva... Antes de dormir orei agradecendo por termos chegado bem e colocando a questão da mala nas mãos do Senhor, então procurei descansar a respeito da mala. Já era quase dia quando fomos dormir...
Na manhã seguinte, demoramos a nos levantar, estávamos bem cansadas.
Logo que cheguei à casa do pastor e da Eugenia para tomar café, contei sobre o ocorrido e eles perguntaram ao Enick, o sobrinho, se haviam tirado todas as malas, e ele disse que sim. Perguntei, para confirmar com ele, quantas malas  eles haviam colocado no carro lá no aeroporto. Tínhamos levado cada uma de nós, duas malas grandes e duas de mão. Ele disse que só havia colocado e tirado do carro, três malas de uma mesmo formato e as duas bolsas de mão. A minha mala, que se perdera, era diferente das outras tanto da minha como da Cláudia, era bem grande, mas era uma mala tipo bolsa com rodinhas.
Então o que aconteceu com a tal mala? 
Na mala, eu tinha colocado muitas roupas e objetos meus novos, mas o que, na verdade, me entristecia é porque nela, havia também, algumas bíblias novas, cerca de 30 livros novos, CDs, harpas, alguns brindes para serem entregues no congresso...Só por este motivo fiquei triste, não pelas roupas pessoais.
As pessoas pensaram em que seria muito difícil achá-la se tivéssemos saído com ela para o lado de fora do aeroporto, pois há muito roubo ali. Eu lembrava bem que todas as malas haviam passado pela esteira, haviam passado pelo raio x da alfândega, porque eu é quem as tinha pego... mas eu tinha uma certeza, ela não havia sido roubada. Era quase uma certeza absoluta dentro do meu coração, e da minha visualização de que ela não havia passado pelo portão para fora do aeroporto. Quando o Enick desse que só havia contado três malas grandes e duas de mão, a possibilidade de que fora achada e guardada era grande. Só que segundo as próprias pessoas de lá, mesmo tendo sido achada dentro do aeroporto a chance de desaparecer é bem grande. Afinal de contas ela havia passado pela alfândega e não seria responsabilidade deles e, tudo poderia acontecer. Eu, no entanto, dizia o tempo todo: Eu tenho certeza que a minha mala está guardada, porque Deus colocou um anjo para guardar todas as nossas bagagens. Ele está com a minha mala nas mãos.
O pastor José Augusto falou que naquele dia não poderia ir comigo até ao aeroporto, por estar muito atarefado, mas que no dia seguinte nós iríamos. Bem ele falou:  se a irmã crê que o anjo está guardando, não vai fazer diferença. Ele sorriu... Eu consenti com aquela palavra.
Naquela tarde, havia o ensaio das filhas de Sara de lá para apresentação do lançamento do DVD, que elas haviam gravado para o congresso, e  que seria no último dia. Assim conheci parte das mulheres guineenses que faziam parte do ministério ali, foi uma tarde maravilhosa. Eu estava muito alegre, afinal de contas, estava realizando um sonho de criança e agora, de alguém que tinha recebido do Senhor a visão de Filhas de Sara e de que eu viajaria às nações para fazer conhecida esta visão de muitas mulheres. De maneira muito especial sobre as mulheres da África, pois no ano de 2007, eu tinha tido uma visão de que Deus me colocava sobre aquele continente para conquistar não só mulheres, mas famílias que seriam restauradas através da minha vida e da minha família. Então tudo aquilo era um marco da profecia de Deus a meu respeito. Nada poderia me deixar triste...o que seria uma mala por enquanto perdida, nada!
Ao contemplar a felicidade estampada no semblante daquelas irmãs por estarmos entre elas, minha satisfação se juntava com a delas. Como tudo para elas é festa e eu sou muito festeira, dançamos, cantamos, pulamos, nos abraçávamos o tempo todo...parece que sempre as tinha visto e elas a mim. Tinha mesmo, nas visões, nas minhas orações eu as via... 
Ao final do ensaio, contei para algumas o que tinha acontecido com a minha mala. Falei que não estava preocupada porque sabia que Deus havia colocado um anjo para guardar todas as minhas malas desde que sai de minha casa, assim ela não poderia ter sido roubada. Uma das mulheres,  a Ange, falou imediatamente: Pastora, o anjo não soltou a sua mala. Ele está agora com ela nas mãos dele e só vai soltá-la quando você chegar ali no aeroporto, fique tranquila! Eu senti aquela palavra tão forte e foi tremenda ao meu coração.
Já no quarto, ao fim daquela primeiro dia em Bissau, deitei-me e, deitada mesmo, comecei a orar. Agradeci ao Senhor por tudo que já estava vivendo ali. Orei pelo congresso, pelas mulheres, por aquela povo. Senti algo querendo me assaltar, uma luta entre a fé e a dúvida; a alegria e a tristeza. Senti uma forte opressão ali no quarto, um peso no meu coração. Ajoelhei-me e me derramei diante de Deus, declarando que nada iria roubar a minha fé e a minha alegria, ainda que eu não achasse mais aquela mala. Era como se o inimigo quisesse roubar aquele momento pleno que eu sentia por estar ali em Guiné-Bissau, com algo que tão pequeno. Vinham pensamentos de tristeza, de dúvidas, naquele momento ali eu e Deus, sentido os assaltos de espíritos de engano, eu declarei ao Senhor: Muito obrigada, Pai, por este incidente com a minha mala eu sei que tens coisas muito grandes para mim aqui e nada vai me atrapalhar. Se quiseres pode me dar de volta  minha mala, mas senão, faz conforme a tua vontade. Continuarei aqui te adorando e me alegrando em ti. Logo que acabei de fazer esta oração em lágrimas, eu tive a visão da mala, e do que havia acontecido Lembram que relatei acima de que o carrinho havia virado nas mãos do menino que as carregava? Então, eu vi que foi ali que a mala não foi deixada para trás, lá no aeroporto.... Na visão eu via quantas malas chegaram do lado de fora do aeroporto: três grandes que eram iguais, duas da Cláudia e uma das minhas que tinha o mesmo formato das dela e mais as duas menores. Exatamente como o jovem Enick havia dito. Só que agora eu via tudo naquela visão que Deus trouxera à mim naquela momento em que me derramei diante dele. Era Deus me dizendo: eu estou cuidando de tudo pra você, descanse. Uma alegria indizível entrou no meu coração e aquela tentativa de assaltos do maligno, desapareceram, claro, aleluia!
No dia seguinte, após aquela madrugada com Deus, fomos eu e o pastor José Augusto até ao aeroporto de Bissau.
Como tínhamos chegado na cidade de madrugada, e como a cidade é toda no escuro, não havia visto nada ainda: a cidade, as ruas, as casas, as pessoas...Os muros altos do Centro Jovens para Cristo, não permitem que vejamos muita coisa do lado de fora. Ao passar pelo portão daquele lindo lugar, onde estávamos hospedadas, eu entendi porque ali era mesmo um oásis como a Cláudia tinha dito. 
O pastor me disse: agora vais conhecer Bissau, pastora! Gente, que cena eu via...parecia que estávamos numa verdadeira ilha onde tudo era bem bonito, cercado de pobreza por todos os lados, não havia nada que fosse diferente disso... 
À medida que íamos passando e, mesmo indo para uma região mais central, de comércio, cada vez mais eu via a realidade daquela país. Porque praticamente não existem lojas, são bem poucas, mas um comércio a céu aberto, espalhado por todo o lado, pelo chão. Pessoas andando de lá pra cá de cá pra lá, como se tivessem perdidos. Um verdadeiro formigueiro humano. Tudo o que eles têm de economia vem daquele comércio, porque segundo as informações que tive, a agricultura que é bem pequena está entregue à sorte. Aquele comércio é quase tudo o que têm, onde se vende e se compra, se compra e se vende um ao outro sem perspectivas...nem sei descrever como as coisas ali funcionam. Uma coisa, no entanto, eu sabia: aquele povo era alvo do amor sem medida do Pai Eterno... Que impacto tudo aquilo me causou!
Eu muito curiosa, ia perguntando tudo ao pastor e ele ia me respondendo...
Enfim chegamos ao aeroporto. Fomos logo para o local onde as bagagens são armazenadas. Coisas que são enviadas para serem entregues pelo correio, outras bagagens que se perderam, como a minha...
Logo ele avistou um irmão da Igreja Evangélica Central, que trabalha naquele setor e se dirigiu até ele. Contou-lhe o que acontecera com a minha mala. Ele, imediatamente falou o quanto seria difícil que a mala estivesse ali e, que procurá-la e localizá-la seria uma tarefa  não tão fácil, diante do número de bagagens que ali estava armazenada. Falei que eu tinha certeza que o anjo de Deus a estava guardando para mim. Ele deu um sorriso, mas disse que acreditava que só mesmo um milagre de Deus poderia me devolver a mala.
Fui caminhando, enquanto ele falava com o pastor. 
Era um conteiner que se isolava dentro do local por grades que o fechava, com muitas bagagens empilhadas de um mesmo lado. Dava para ver tudo do lado de fora enquanto andava, mas nem me preocupei  em ficar procurando em meio àquele monte de malas, embrulhos e caixas. Percorri o olhar de relance e...lá estava ela, sozinha do lado contrário à todas as outras bagagens. Não havia nenhuma outra coisa do seu lado. Nada,absolutamente nada. Ela reinava, só, majestosa, de ladinho, como se houvera sido deixada ali arrumadinha por alguém... Sim, só um anjo poderia ter feito aquilo(me emociono ao lembrar). Ela estava intacta. O grande laço de fita rosa, que eu havia colocado para identificá-la das outras malas na hora da chegada na esteira. O laço estava exatamente como eu o fiz em casa, bem feitinho, lindo! A mala era nova e estava como se tivesse saído da loja, sem marcas de que havia sido colocada ali descuidadosamente. Nenhum zíper havia sido mexido, ou remexido e, olha que eu não havia colocado cadeado nela, acreditem se quiserem...Nem uma identificação com o meu nome, apenas o ticket da companhia aérea e, aquela fita rosa.
Foi muito mais rápido do que qualquer um de nós achávamos que seria, até mesmo eu...rsrsrs
Quando a vi, gritei bem alto: Olha ali a minha mala, vejam é ela, é ela! Obrigada, Senhor!
O pastor e o guarda perguntaram: Tem certeza? Eu lhes disse: Claro, pois quem mais perderia, justamente, uma mala com um grande laço de fita rosa, quem???? Naquele momento o pastor José Augusto Bedeslei deu um grande e lindo sorriso e afirmou: É, pastora, podemos ver ali a mão do anjo segurando mesmo a sua mala. Ela está ali de um modo, como se estivesse tão bem cuidada, que podemos ver que o anjo estava com ela segurando-a até que você chegasse.
Lembrei-me logo da Ange... Eu estava que não me continha de tanta alegria e gratidão a Deus!
O guarda pediu-me o comprovante de bagagem para conferir, é claro, e viu que estava tudo certo. Foi até o chefe do setor, que parecia ser um muçulmano, que perguntou o que havia acontecido. Ele me olhou de cima até embaixo, como admirado pelo acontecido, e deu a liberação entregando-me a mala. Eu não me calava, e o tempo todo eu dava glórias a Deus.
Agradecemos ao irmão, que cremos ter sido colocado por Deus ali, naquele momento para nos ajudar, que também agradecia a Deus alegremente pela benção de encontrar a mala. 
Saímos dali dando júbilo e agradecendo o cuidado de Deus e o cumprimento da sua palavra.
Na volta para casa o pastor falou algo tão interessante que me tocou profundamente: É, minha irmã, a sua chegada não poderia ser marcada de outra maneira, se não por milagre. 
Sim, aleluia, aleluia, aleluia!
Aquele foi um marco mesmo, minha estada em Guiné-Bissau começou com milagre e foi de milagre em milagre, simplesmente milagre!

















No voo do Rio rumo à Guiné-Bissau, com parada em Lisboa

Voando, após ficar 10 horas em Lisboa, agora direto para Bissau


       No aeroporto Osvaldo Vieira em Bissau, aguardando as malas chegarem na esteira.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E no primeiro dia...






...Dia 13 de Agosto:

Cheguei ao Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, umas 3 horas antes do embarque. Precisava pegar minha carteira internacional de saúde, exigido para a viagem para Guiné-Bissau. Naqueles dias a ANVISA estava de greve e nem sempre o setor funcionava, por isso, só no dia da viagem, conseguiria resolver isto, foi o que me informaram. 
Lá estávamos, eu e minha filha Fernanda. Ela me levou até o aeroporto para viajar. Ao chegar no balcão da empresa aérea, para fazer o check-in, uma surpresa, minha passagem que fora comprada no cartão, pela internet, não havia sido validada. Segundo eles, porque eu não confirmei. No dia em que foi comprada a passagem, eu já havia recebido um e-mail dizendo que estava tudo confirmado. Como eu já havia, muitas vezes, comprado passagem de avião assim, e não tive que confirmar mais nada, não me preocupei com esse detalhe. Não recebi nenhum e-mail para fazer a tal confirmação, que segundo eles, a empresa havia mandado, conclusão: minha passagem não estava validada e eu não poderia viajar. 
Minha sobrinha Raquel é quem havia comprado a passagem no cartão dela, e  só ela poderia com o cartão validar agora. Minha viagem estava marcada para 17:20 e eram 14:00 horas, pois como disse anteriormente eu havia chegado cedo no aeroporto. Segundo os atendentes no balcão de atendimento da empresa, eu teria até 16:20 para entrar, na última chamada. 
E agora, como faria para resolver, se minha sobrinha teria que ir ao aeroporto ou a qualquer loja daquela empresa aérea na cidade? Foi a informação que eu recebi ali. Liguei para lhe falar sobre o que havia acontecido. Ela estava resolvendo coisas na rua, num bairro onde não havia nenhuma dessas lojas, que ficavam longe, bem como o aeroporto.  Quanto ao cartão, não estava com ela ali em mãos. Que dificuldade! Mais do que depressa ela se dirigiu ao local do seu trabalho, onde havia deixado o cartão. Ela, sem entender o que havia acontecido, pois tinha costume, também, de comprar passagens aéreas pela internet e nunca aconteceu isto antes, me disse: Tia não se preocupe, você vai viajar, fica tranquila. Eu lhe disse: Eu sei.
Como resolver aquele impasse, sem que fosse preciso que ela fosse à uma das lojas, ou ao aeroporto, porque não chegaria a tempo para o horário do meu voo? 
Ninguém ali naquele local de atendimento parecia estar com boa vontade. Não me deram nenhuma informação que pudesse dar uma solução prática, ao contrário, fizeram um terror da situação. Eu lhes disse que queria falar com a pessoa responsável pela empresa ali no aeroporto. Eles disseram que não adiantaria nada porque ela não falaria nada além do que eles já haviam informando. Insisti fazendo perguntas e dizendo que eu não fui informada daquele detalhe, mas eles se mantinham frios e não tinham uma boa informação para que aquele problema fosse solucionado. Eu achava estranho porque não havia cortesia, simpatia, era uma apatia um tratamento indiferente mesmo. Um deles, um homem, ainda falou para mim que seria muito difícil conseguir resolver tudo a tempo e falou com uma intonação de desdém.
Naquele momento  me conturbei. Minha filha me perguntou: - E agora, mãe? Eu lhe disse: - E agora? Falei com um tom que eles pudessem ouvir: - Bem, uma coisa eu sei, eu vou viajar, porque quem me mandou eu ir e,  providenciou tudo para que eu viajasse e me trouxe até aqui é o dono de tudo, inclusive desta empresa, quero ver quem vai me impedir. Ela respondeu: - Com certeza, mãe. Deus está contigo e Ele vai resolver tudo.
 Estávamos com fome porque tínhamos saído cedo de casa, sem almoço. Ela falou que ia comprar um lanche para a gente comer. Sentei para esperar o lanche e a resolução do impasse. Estava tranquila, depois de ter ficado um tanto sobressaltada, orei e agradeci ao Senhor, pois tinha certeza que ele trabalhava por mim.
Naquele momento, a Cláudia Helena havia ligado pra mim para saber como estava tudo  e para dizer que já estava entrando para o local de embarque. Ela viajou de Belo Horizonte e o voo dela saia meia hora antes do meu. Ao lhe contar o que havia acontecido, ela me disse que ligasse para minha sobrinha e lhe desse a orientação para que ela ligasse para o nº 0300, e perguntasse como ela poderia fazer para enviar o cartão por fax para validar a passagem. Quando eu liguei, então para falar sobre isso com minha sobrinha, ela já havia tomado esta atitude, mesmo antes  que lhe falasse qualquer coisa. Ela me disse que já estava falando com o 0300 da empresa para resolver a questão. Apenas um telefonema... Isso era umas 15: 00 horas. 
Logo em seguida, o meu celular tocou, era ela, a Raquel contando que já estava tudo resolvido e que eu poderia já ir fazer o check-in. Ela glorificava a Deus de um lado e eu do outro. Sua observação foi: - Imagina, tia se você não ia viajar, só se Deus não tivesse neste negócio!
Eram 15:10,  minha filha chegou com o lanche, nós comemos bem tranquilas, porque ainda tínhamos tempo suficiente. 
Enquanto comíamos o meu celular tocou de novo e era uma atendente da empresa aérea, comunicando que já estava tudo resolvido e que eu podia já fazer o check-in, porque já estava tudo no sistema. Ela me pediu desculpas em nome da empresa, por causa do mal entendido, já que eu não havia recebido o e-mail para a confirmação da passagem.
Já eram 15:30 e fui andando, dando glórias a Deus, calmamente, pisando firme até o balcão para que eles conferissem a validação no computador. Cheguei ali e disse, bem calma e transbordando de alegria, olhando bem nos olhos deles: - Por favor, pode procurar ai, porque minha passagem já foi validada. Eles ficaram me olhando  e perguntaram como eu tinha conseguido tão depressa e  em que local ela tinha ido para levar o cartão. Eu mais do que depressa respondi: - Em loja nenhuma, vocês não sabiam que existe um nº de telefone para que o passageiro possa resolver essas coisas?  Eles ficaram me olhando desconfiados... e eu dizia o tempo todo e em voz alta: aleluia, aleluia!
Fui até o guichê para fazer o check-in e despachar as malas.  Liguei para minha irmã Sílvia, a quem eu pedi que, junto com minha mãe e  com meu pai, estivessem em oração; liguei para minha outra filha a Ester, que não pôde estar ali, por estar trabalhando. Queria que eles soubessem que tudo estava solucionado e que eu já estava a caminho do voo. Deus estava no controle de tudo.
Assim foi que tudo foi resolvido.
As 15: 50 mais ou menos, eu me despedi da minha filhota Fernanda, que estava toda feliz, por ver sua mamãe, viajando para sua 1ª viagem missionária internacional.
Como não podia deixar de ser, tiramos algumas fotos na hora do meu embarque... Afinal de contas, tínhamos que deixar um momento como aquele bem registrado, detalhe por detalhe.
Nos abraçamos forte, nos beijamos, e demos os últimos tchauzinho...e lá fui eu...
Ah, lembram do homem que estava no balcão e que falava com muita frieza quando eu perguntava sobre como eu poderia solucionar aquele problema e disse que era muito difícil eu conseguir? Ele estava lá na hora, bem na hora do embarque, checando as passagens. Ele me olhou surpreso e perguntou: - Conseguiu? Eu disse: - Glória a Deus! Aqui está. Ele deu um sorrisinho no canto da boca e disse meio sem graça: -Que bom! 
Só que não lutamos contra carne e sangue... 

Minha filha Fernanda, fez esta observação, ao escrever no Facebook, depois de me deixar no aeroporto, sobre o que havia acontecido na hora do meu embarque: 

"Hoje foi um dia cheio de emoções e dardos do inimigo, mas Deus é Todo Poderoso e resolveu tudo sem nos preocuparmos. Na hora da Pra. Denise Malafaia Cerqueira, embarcar para Lisboa/Bissau, houve um problema porque a compra da passagem, no cartão de crédito, não havia sido confirmada, E agora só com o cartão isso poderia ser feito, e ela foi impedida... Mas um simples telefonema da dona do cartão, minha prima Raquel, para a empresa aérea resolveu tudo e o bilhete foi liberado. Essa hora minha mãe está sobre-voando o Atlântico e descansando na paz de Deus!"

Sim, isso mesmo, foram dardos inflamados do maligno, mas que foram destruídos em o nome de Jesus Cristo! Ele é o dono da minha história, só Ele pode intervir no percurso dela.
Enfim, cheguei na minha poltrona e me sentei, ufá! Duas poltronas estavam livres e eu, tinha três lugares, todos meus... Fui orando,  me alegrando e, dormindo muito até que, quando vi já eram 6:30 da manhã e eu estava chegando em Lisboa, onde eu e a Cláudia, nos encontramos...
Então, o  abençoado Davi, meu sobrinho, marido da minha sobrinha Marcele, foi nos buscar para ficarmos na casa deles aguardando até as  22:0 horas, quando pegaríamos o voo rumo à Guiné-Bissau...





terça-feira, 11 de setembro de 2012


Era o último dia da viagem...




...Dia o3 de setembro as 9:20:


 Eu já estava dentro do voo 0073 da TAP, que viria de Lisboa, ali eu orei assim: - Senhor, não deixa que ninguém mais se sente nestes dois acentos, para que eu possa viajar confortavelmente...mas como não sabemos orar como convém, e o Espírito intercede por nós... mudei minha oração e disse: - Senhor, me perdoa por meu egoismo, não viajei para descans
ar, mas para trabalhar...(e como minha viagem missionária ainda não tinha acabado)...então disse: Deus, coloca aqui bem do meu lado, alguém que vai precisar muito de mim, do meu apoio, e que vai precisar ouvir sua palavra, de preferência uma mulher.
Rapidamente, Deus ouviu minha oração, (se você não estiver a fim de receber o que pede, cuidado com o que ora).
Do meu lado se sentou aquela que precisou tanto de mim, que após o avião sofrer uma avaria numa das peças no trem de pouso, e por isso voltar ao aeroporto; aquela mulher, hiper tensa, muito nervosa, chorava e se desesperava...e por conta de ficar com ela atenta à suas necessidades, procurando ajuda-la, fomos deixadas para trás, numa irresponsabilidade da empresa aérea (mas isso é outra parte deste diário).
Passamos a noite num hotel luxuoso,(por conta da empresa, é claro) e aquela mulher, ao conseguir falar com sua família afirmou: -Não se preocupem, porque Deus enviou um anjo para cuidar de mim." A filha lá na Alemanha quis falar comigo, e falou para mim emocionada: - Obrigada por estar ai cuidando da minha mãe. Quem faz isso por ela, faz por mim, a partir de agora você tem uma casa na Alemanha. Só um anjo poderia fazer isso.
Durante todo o tempo pude compartilhar sobre o amor de Deus para aquela mulher, a Mira. Ela que estava afastada de Deus pois, segundo ela, havia se aborrecido com Deus quando uma tempestade de problemas veio sobre sua família, afirmou: Como pude fazer isto com este Deus, que tem cuidado de mim nos mínimos detalhes!
No dia seguinte, agora já voando e lá bem no alto, entre as nuvens, faltando umas duas horas para chegarmos, aproveitei para mentoriá-la. Perguntei sobre o que faria diante de tudo o que lhe falei sobre o amor de Deus, e que ela mesma havia presenciado, o cuidado de Deus para com ela, em me colocar para servi-la, naquele avião que avariou. Ela respondeu chorando: Nunca mais vou deixá-lo. Ele é bom e eu não posso viver sem Ele!
Trocamos os números dos nossos telefones, ela me disse que iria voltar para a igreja e pedir o batismo e que gostaria muito que eu estivesse neste dia tão importante da vida dela. Então lhe respondi: - Nunca mais vou largar você, Mira!
Ao descemos do voo, e encontrarmos seu filho e minha filha e meu neto, parecíamos que nos conhecíamos a muito tempo.
Lembrei-me daquele versículo de Salmos 126: "Aquele que, enquanto semeia, vai andando e chorando, voltará sem dúvidas com alegria trazendo consigo os seus molhos."
Aleluia, obrigada, Senhor, por me permitires ser instrumento de bençãos nas suas mãos!



Denise Malafaia Cerqueira, líder e pastora do Filhas de Sara

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