AMIGOS DO PEITO
“O que
ama a pureza de coração e é gracioso no falar, terá por amigo o rei.” (Provérbios
22:11)
Daniel
e outros três jovens que pertenciam a linhagem de nobres do povo hebreu. Foram
levados como cativos para a Babilônia para servirem na corte do império de
Nabucodonozor. Ainda que tenham ido para a Babilônia numa posição até privilegiada,
por terem uma linhagem nobre, eles eram escolhidos e treinados para servirem
como conselheiros do imperador em relação às culturas e crenças dos povos
conquistado, mas eram escravos.
Sua
atitude de filho e servo obediente ao seu Deus o levou a não se contaminar com
nada que tivesse naquele reino pagão. Seus amigos o seguiram nesta decisão. Eles
firmaram um propósito no coração de se manterem puros, mas eles sabiam que
precisavam conquistar a confiança dos homens que tinham que cuidar deles para
que estivessem preparados para o serviço do rei. Percebemos que Daniel era o
líder daquele grupo de jovens.
Quando
lemos o livro de Daniel observamos sua maneira educada, fina, amigável de tratar
com todos. Eles estavam escravos fisicamente, mas não eram no espírito, porque
eles eram de uma família de nobres de Judá. A condição de escravos não os intimidou não, pelo contrário, os fazia lembrar que precisava ter muita brandura
para falar com aqueles homens, a fim de conquistá-los.
Para
que eles se mantivessem puros, de acordo com as leis de seu Deus, não poderiam
comer qualquer comida, beber qualquer bebida que lhes eram oferecidas do manjar
do rei. Só que Nabucodonozor, os queria fortes e saudáveis, e na concepção do rei, essas
comidas eram necessárias para o que se propunha. Todo o cardápio deles havia
sido preparado para este fim. Daniel tinha que convencer seu instrutor de maneira
que não se sentisse ofendido e o achasse presunçoso. Precisava convencê-lo de que
a refeição que ele e seus amigos comeriam, seria tão boa e eficaz quanto a que
o rei mandou, mas sem que essa atitude
tivesse a aparência de menosprezar as iguarias da mesa do rei. Ali estava um
jovem sábio.
A
história narrada mostra que, aquele homem que cuidaria deles havia sido
conquistado por Daniel e lhes mostrou bondade e simpatia. Assim ele aproveita a
oportunidade e pede que lhes dê permissão para não comerem daquelas comidas e
beberem daquelas bebidas, num prazo de dez dias. Fico imaginando como Daniel
pediu, com graça, com humildade: “Peço-lhe que faça uma experiência com os seus
servos...”(Daniel 1:12) Ele se apresentou na posição que tinha diante daquele
homem, é claro. Caso o resultado não fosse satisfatório fariam como os demais
jovens que estavam ali se preparando para servirem ao rei, passariam a comer e
a beber das comidas da babilônia.
Sabemos
que o resultado foi aquele declarado por Daniel anteriormente: “Ao final de dez
dias, eles pareciam mais saudáveis e mais fortes do que os jovens que comiam e
bebiam a comida da mesa do rei. Assim tiraram a comida ordenada pelo rei e lhes
deram vegetais e água.” (Daniel 1:15, 16)
Durante
toda a história registrada no livro de Daniel vemos que todos acabavam tendo que
testificar a pureza do coração deles que escolheram manterem-se puros. De modo
especial Daniel se sobressai tanto no aspecto do seu caráter que conquista o
coração, a consideração e a amizade de todos. Rei após rei aos quais serviu
durante o cativeiro, o admiravam, mesmo dando, da parte de Deus sentenças
duras, quando era chamado para interpretar sonhos ou visões destes imperadores.
Foi
colocado como o 1º ministro do império babilônico e elevou a posição dos seus
três amigos que, junto com ele, na verdade, serviram como filhos e servos
obedientes do Deus soberano ao qual exaltaram sobremaneira, em corte pagã.
É
claro que, também, foi alvo da inveja de alguns do reino e atingido por suas
maldades, mas até mesmo esses, tiveram que se render à pureza e lealdade de
Daniel, e isso foi registrado:
“...procuravam ocasião para acusar a Daniel, mas não puderam achá-la, nem culpa
alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.”
(Daniel 6:4) Seus perseguidores tiveram que declarar sobre este servo do Deus
altíssimo: “...Nunca acharemos motivo para acusar a este Daniel...”
Observa-se
na leitura do livro de Daniel que, nem aos que armaram cilada para pegá-lo em
falta, ele tenha entrado em demanda
contra eles. Por conta desta armação foi sentenciado à cova dos leões, fato
bastante conhecido de todos. Daniel tinha certeza que só havia uma coisa a
fazer, orar, como sempre fazia. Depender do Deus que o havia sustentado em quem
confiava e sabia que sua vida estava em suas mãos. Após sair ileso da cova dos
leões ele declara: “O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões... porque
foi achada em mim inocência diante dele...” (Daniel 6:22)
Foi achada inocência
nele, que inspiração para nossa vida!
“Amar
a pureza de coração...” É viver amando e buscando a santidade, “...sem a qual
ninguém verá o Senhor.” Ter vida santa, não é para quem não peca, porque “não
há homem que não peque”, mas é para quem teme a Deus e por isso odeia o pecado.
É para quem ama sobre todas as coisas, a Deus que é santo e quer ser igual a
ele. Viver vida santa é decidir firmemente não se contaminar num mundo cheio
dos manjares do príncipe deste mundo. Viver vida santa é andar de modo digno
diante daquele que é Digno, por isso merece que eu o honre com minha pureza. É
buscar ao Senhor com coração reto para cumprir tudo o que Ele determina na sua
palavra.
Daniel,
um cativo judeu, que junto com os seus outros três amigos judeus, Hananias,
Misael e Azarias, amou a pureza de coração, a integridade e que se manteve fiel
ao seu Deus e à sua palavra, se tornou o 2º homem em importância do império
babilônico.
A tarefa
mais importante, no entanto, de Daniel era a de profeta de Israel. Um profeta
de Deus tem que ser parecido com Deus, porque fala da parte de Deus, porque é
sua boca.
Dá
para pensar num homem que viveu em tal nível de vida, tratar com indiferença e
aspereza as pessoas? Principalmente, porque ele sabia que quem o chamara e o
colocara naquela posição, foi o Senhor.
Com
certeza, ele era uma craque em relações públicas. Alem de ter um caráter puro,
Daniel era um sábio e não houve alguém como ele em todo o reino babilônico. Seu
relacionamento com as pessoas mostrava com quem ele andava.
Queridos, alguém que ama a pureza de coração é
alguém que sabe que essa pureza tem uma relação direta com o Senhor que é
Santo, e que tem haver também, com os nossos relacionamentos interpessoais.
Quantas vezes não tratamos as pessoas com graciosidade. Falar graciosamente não
é falar com voz de “santo do pau oco”, daqueles que não têm vida em si mesmo. Não
creio também, que é falar baixinho e sem entusiasmo. Mas como alguém que tem
intimidade com Deus, por isso se importa com as pessoas com quem se relaciona
no seu dia adia. Cujo espírito é manso e paciente.
Como
ensina Paulo: “habita ricamente a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se
uns aos outros com toda a sabedoria... O seu falar seja sempre agradável e
temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Colossenses 3:16;
4:6)
Tendo
um propósito firme como esses, atrairemos muitas pessoas a Cristo, e a nós.
Lembram
como os reis pagãos foram atraídos a Daniel, a Azarias, Hananias e Misael, até exaltaram ao Deus deles, colocando-O em
destaque entre o povo. Pensar que eles
se tornaram amigos deste homem que nada mais era do que um escravo. Só Deus
vivendo plenamente na vida de um ser humano pode fazer algo assim, tão
inesperado, radical, impossível aos olhos do homem, mas são coisas de Deus.
Nossas
atitudes em relação a Deus e aos homens, podem nos elevar de escravos a amigos
de reis. Principalmente amigo íntimo do Rei dos reis.
É sempre bom ler textos que nos edifiquem e caibam exatamente com o momento em que vivemos, mas uma vez, a senhora foi usada por Deus.
ResponderExcluirQue o Senhor abençoe sua vida e ministério e que AS FILHAS DE SARA continuem sendo bênção na vida das pessoas.
Oi, Patricia, minha querida!
ResponderExcluirAmém e amém!
É sempre bom tê-la por aqui.
Pois é, já tinha um tempinho que não postava nada.
Sei que não podemos nos calar... Deus tem pressa em nos usar!
A Ele toda honra e toda glória!
Bjs e paz no coração!