UHU, CONSEGUI...FUI APROVADO!
“Meus
irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provas,
sabendo, que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
Ora a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e
íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1: 2, 3 e 4)
Quem
trabalha na área de educação escolar, com a qual trabalhei diretamente,
exaustivamente, por 11 anos. Sabe que a chamada prova, avaliação regular e
formal, não quer dizer muita coisa, no que se refere a testar se um aluno
conhece ou não tal assunto. Mas é uma das maneiras de aferir o aluno em
determinada matéria. Vemos como alguns alunos ficam bloqueados quando se trata
desta avaliação. E o que dizer de uma avaliação oral, hem?
Embora não devesse ser assim, vemos que muitos
educadores fazem provas para reprovar o seu aluno. Alguns têm prazer de dizer:
“Quero ver aluno tirar 10 comigo.” Outros fazem constantes ameaças aos alunos:
“Cuidado que eu sou conhecido como carrasco de aluno!” Um verdadeiro educador
tem prazer em aprovar seus alunos. Há aqueles que acham que um bom professor é
avaliado pelas inúmeras reprovações ao final de um ano letivo, antigamente se
pensava assim, mas a didática moderna afirma exatamente o contrário.
Sabemos
que passamos sempre por testes em nossa vida, mesmo informalmente. Estamos
sempre sendo alvo de alguma avaliação. Faz parte da vida. Dependendo do teste,
ficamos apreensivos. Principalmente quando esse teste tem data, hora, local e
objetivo específicos.
Não só
os testes na escola, ou em concursos, nos deixam apreensivos, mas quando se
trata de um teste para uma determinada função profissional, por exemplo,
sabemos que os testes, neste sentido, não é mais ameno do que tantos outros. Tão bom se fossem, não é? Mas, eles são necessários...
Pensemos
nessas avaliações normativas: um aluno só é avaliado dentro da série em que ele
está inserido. Assim os assuntos dizem respeito ao que ele estuda. Um
profissional só é avaliado dentro daquilo que compete à sua profissão. No
máximo, o que difere, é relacionado ao
conhecimento da sua língua, para que possa se comunicar adequadamente
dentro de uma empresa; ou ao seu desempenho nos relacionamentos, como no caso
de exames psicotécnicos.
Temos
acompanhado os noticiários que muitas vagas de emprego que estão abertas, não são preenchidas, mesmo diante de um grande número de pessoas que ainda estão
desempregadas. Sabe qual o motivo detectado? O índice de profissionais não
qualificados para preenchimento das inúmeras vagas de trabalho, mas que exigem
capacitação adequada. Nossos profissionais não estão aptos para às exigências
do mercado de trabalho. Muitos que acham que estudaram tanto, e que se formaram
para atuar nas diversas áreas de uma determinada profissão, não têm sido
aprovados para aquilo que foram preparados.
Relatei
tudo acima para que pudéssemos entender sobre esta prova mencionada por Tiago,
como uma prova necessária.
Para
que sejamos aprovados e não reprovados, é que passamos por várias provas, também
no que se refere a nossa vida cristã. Para que sejamos trabalhadores prontos,
perfeitos para o serviço do Senhor que nos arregimentou, precisamos ser testados.
Deus é
um mestre que jamais pensa em desaprovar seu discípulo, Sua satisfação é
aprová-lo com todas as honras.
Quando
Jesus convocou os seus doze discípulos ele os chamou: “Vinde após mim e eu vos
farei pescadores de homens.” Eles largaram tudo e o seguiram, segundo o relato
bíblico. Parecia algo bem simples, a chamada para pescar homens, principalmente
para os que eram pescadores de peixes nos mares da Judéia, mas e os outros?
Para Mateus, que era coletor de impostos, e a Filipe, Jesus convoca, dizendo
apenas: “Segue-me.” E, de acordo com o que está escrito, eles obedeceram, não
os vemos questionando o chamado. Mateus deveria ganhar muito bem, pois era como
se fosse um fiscal da receita federal, trabalhava para os romanos. Com certeza
ele era alguém de status na sociedade romana. Segundo a narrativa bíblica,
todos eles tiveram que deixar tudo para
seguirem a Jesus. A partir dali eles tinham que ir aonde Jesus ia e viver como
Jesus vivia. Jesus não parava. Jesus passava o dia ensinando-os. Seu tempo
seria curto para repassar-lhes, tudo o que precisariam para iniciar e dar
continuidade ao projeto do Pai de instalar na Terra seu reino. E as famílias
destes homens, como viveriam? Eles estavam sendo chamados para seguirem a
Jesus, quer dizer, para passarem por provas.
Jesus
declarou em seus ensinos aos doze que: “Não se preocupassem com sua própria
vida, quanto ao comer e ao beber... e ao que vão vestir...busquem primeiro o
reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas lhes seriam
acrescentadas...” Será que este teste era fácil?
Estes
homens viveram a vida toda desde que nasceram, aprendendo sobre o Messias e que
um dia Ele viria. Imaginem como o aguardavam! A prova disso é que assim que o
ouviram falar, creram nele, caso contrário não o teriam seguido. Eles conheciam
as profecias e não duvidaram quando o viram. Quanto aos sinais eles nem tiveram
tempo de vê-los para que só depois o seguissem, pois só junto com eles, os
sinais foram feitos e vistos.
Só que
eles tiveram que passar por duras provas à medida que andavam com Jesus e
conviveram com ele face a face.
Ao lermos os evangelhos ouvimos quando Jesus
falava acerca das dificuldades que os aguardavam. Ele disse que eles seriam
perseguidos, pelos da suas próprias casas; que seriam entregues aos tribunais e
que poderiam ser até mortos... e que perder a vida seria achá-la. Eles não
foram chamados para terem casa bonita, carro do ano e uma bela conta bancária.
A história da igreja mostra esses homens os agora
onze , e depois deles, todos os outros discípulos da igreja primitiva, entre
eles muitas mulheres, passando por duras provas por amor à Cristo.
Em
hebreus 11, o autor bíblico registra o que aconteceu com muitos seguidores de
Jesus daquele tempo. Não só aqueles que viveram com Jesus, como também, os que
viveram depois de Jesus ter morrido e ressuscitado. Fruto do trabalho eficiente
desses fiéis discípulos que foram aprovados depois de passarem por difíceis
provas.
A vida
desses homens e mulheres nunca mais foi a mesma: “... Alguns foram torturados,
não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição. Outros por sua
vez, passaram pela prova do escárnio e açoites, sim, até por algemas e prisões.
Foram apedrejados, cerrados pelo meio, mortos a fio da espada; andaram
errantes, vestidos de peles de ovelhas e
de cabras, necessitados, afligidos, maltratados, homens dos quais o mundo não
era digno, errantes pelos desertos, pelas covas, pelos antros da Terra....” (Hebreus
11: 35- 38)
Entre esses, estavam, os depois, chamados de apóstolos, dos quais Paulo já fazia
parte.
Esses nossos irmãos só
perseveraram em tempos tão difíceis porque foram aprovados enquanto caminhavam com Jesus em suas vidas,
após serem avaliados como discípulos do Senhor Jesus. Eles aprenderam a seguir à
risca os ensinos do seu Mestre: “Bem aventurados sois quando por minha causa,
vos injuriarem e vos perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra vós.
Alegrai-vos sobremaneira e exultai...” (Mateus 5: 11)
Como
discípulos de Jesus Cristo, somos avaliados, a isso se chama provação. Que
podemos pensar como uma prova em ação, quer dizer prova prática.
Não podemos
pensar que seguir a Jesus é algo romântico, e fácil, muitos vivem fazendo de
conta que seguem: “Muitos são chamados e poucos escolhidos.”
Ainda
há vaga, mas não são todos os que estão aptos para preenchê-las. Sabe por quê?
Por que muitos o chamam Senhor, Senhor e não fazem o que Ele diz. Logo, não
passam na prova. Sabemos que a prova é muito difícil, mas é ele quem capacita.
Ele o Mestre por excelência está pronto a nos ensinar com excelência para
sermos discípulos por excelência. Ele é um Mestre pronto e suficiente para encorajar
seus alunos.
Diferentemente de muitos professores da educação formal. Não
precisamos ter medo de sermos reprovados, só precisamos seguir suas instruções.
Só precisamos aprender a seguir o manual exatamente como ele está escrito.
Assim,
perseverar terá uma ação completa. Nada poderá nos parar na nossa caminhada da
vida de verdadeiros discípulos. Nada, nem ninguém nos fará desistir de prosseguirmos.
Seremos aprovados, “perfeitos, íntegros e em nada deficiente”.
Teremos
sim a nota máxima do nosso Mestre.
Ouviremos
dele a nota de aprovação final: “Muito bem, servo bom e fiel; no pouco fostes
fiel sobre o muito te colocarei. Venha participar da alegria completa do seu
Senhor.” (Mateus 25:21)
Denise Malafaia
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